Rumores da fusão entre Emirates e Etihad



Em tempos de globalização, tudo é possível. E embora seja difícil de se acreditar nesta possibilidade, depois que circulou a informação do site alemã Handelsblatt Global de que as famílias reais que governam os Emirados Arabes Unidos tiveram discussões privadas sobre uma fusão, com motivos justificáveis, não houve outro assunto mais comentado do que este no ambiente da ITB que termina neste domingo.
Pois enquanto as grandes companhias aéreas norte-americanas continuam a golpear o presidente Trump sobre "violações flagrantes" das empresas aéreas do Oriente Médio sobre a política de Céus Abertos, os rumores da fusão entre as rivais Emirates e Etihad recebem uma forte conotação política e econômica.
Embora ambas pressionem pelo domínio no Oriente Médio, existem outros interesses. Como disse um espeliasta em negócios do Oriente Médio: "eles se entendem entre si com maior facilidade, afinal são parentes diretos".
Em uma primeira reação – a de "absurdos" – surgiu Tim Clark, presidente da Emirates. Embora admita que as companhias low cost estejam competindo cada vez mais por uma parcela maior em rotas de longo curso, "é preciso alguma reação eficiente", admitiu.
"Durante muito tempo as pessoas pensaram que o transporte baixo custo para longos percursos não era economicamente possível", disse Clark durante o fórum de aviação na ITB.
"Eu não acreditei no início mas, agora, os fabricantes de aviões estão produzindo aeronaves que podem voar muito mais barato e cabe a nós reconhecer isso e ver como nos adaptamos", concluiu o executivo.
Clark ainda citou que as low cost estão formalizando acordos de parceria com transportadoras de longo curso, como indicam planos da Ryanair. A política mundial também está causando novos desafios para as companhias aéreas globais. 
Ainda de acordo com Clark, depois que o presidente Trump assinou a proibição de viagens de cidadãos de nações de maioria muçulmana aos EUA, o ritmo de reservas para a Emirates caiu 35%.
À medida que a Emirates olha para a frente, a companhia começa a observar novas rotas de curta distância em todo o Oriente Médio, usando aviões menores e mais eficientes em termos de consumo de combustível. Isto pode ditar uma mudança no modelo de negócio e este seria este um dos motivos que também traz à baila a possibilidade de  um negócio ampliado entre as duas companhias na própria região do Oriente.


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